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“Afigura-se-nos uma estreia, ao menos em volume, o livro “Sol Nocturno”, de Soledade Summavielle, em cujos poemas há os líricos indícios, sugestões e solicitações da poesia moderna em voga. A poetisa consegue, por vezes, cativar a sensibilidade do leitor, pela delicadeza, pelo embalo de versos modernos reminiscentes de velhos ritmos, e com o sonho que traz consigo “como uma chaga no peito”, íntima e querida. Felizes alguns dos poemas de confidência feminina e mais felizes, porventura, quando o inefável os domina.”

 

“A Voz” , 18 de Maio de 1963

 

 

“A facilidade extrema, quase sem atavios, espontânea e maravilhosa, destaca sobremodo as virtualidades poéticas da autora:

 

                                        “Meus olhos tem o brilho dos cristais…        

                                         Minha pele lembra o nardo aveludado…

                                         E o meu cabelo fino e ondulado,

                                         tem a cor aloirada dos trigais…”

 

Resumindo: estamos em presença duma poetisa verdadeira, que se emociona e sabe comunicar-nos a filigrana dos seus desejos e sentimentos.”

 

“Diário do Minho”, 25 de Maio de 1963

 

 

“Soledade Summavielle aparece-nos verdadeiramente poetisa! E está dito tudo.

“Sol Nocturno” é um livro de poemas que autentica a sua arte.

Sem execessos de temática, equilibrados, rítmicos, naturais, de boa rima, os poemas de “Sol Nocturno” lembram aqui e além Florbela.

 

                                        Tu não passaste … Dolorida e triste,

                                        desmaia a flor da tarde entre os meus dedos…

 

No soneto VII (magnífico), uma inquietude de amor…

 

                                        Não sei a que chamada eu respondera…

                                        Vi nos teus olhos lenços a acenar!

                                         … … … … … … … … … … … …

 

Saudamos pois a ilustre autora de Sol Nocturno.

 

“Desforço”, 30 de Maio de 1963

 

 

“Se a sua leitura nos emociona, sentindo-a espontânea, saindo, por sua vez da emotividade ao autor ou da autora, assim neste caso acontece, como água serena e transparente da boca de uma fonte, temos de nos convencer que, efectivamente, são obra de verdadeiro poeta. E quando sucede também que esses poemas anunciam um estreia, mais impressão nos causa. Ora é o caso da autora de “Sol Nocturno” que neste momento acabei de ler. Não há dúvida nenhuma. Trata-se de uma poetisa no verdadeiro sentido de termo. É um punhado de versos. Muitos deles, poetas de grande nomeada não teriam inconvenientes em assinar. E tomaram muitos que para aí andam nos caminhos da Poesia a impor o nome, acercar-se das Musas com tanta devoção e acerto como a autora o fez nas páginas deste livro.”

 

Alfredo Guisado

“República”, 7 de Junho de 1963

 

 

“Soledade Summavielle entrega-se à Poesia, ou entrega a Poesia aos seus sentimentos? Fluidos sonhos, como o fluir do dia/ nos quais um grande amor cabia inteiro! / Um amor que pulsando me dizia / ser como a poesia, verdadeiro!...

E é tão funda a música dessas duas verdades, tão confundidas elas se encontram, que em qualquer poema de Soledade Summavielle não sabe o leitor qual delas mais o perturba: se o Amor, se a Poesia.”

 

Natércia Freire

“Diário de Notícias, 13 de Junho de 1963

 

 

“Se se trata de estreia literária, como supomos, a A. Revela qualidade apreciáveis de poesia”.

 

“Novidades”, 24 de Junho de 1963

 

 

“Não resta dúvida que Soledade Summavielle tem voz e destino de poeta. Diferente do maior número, por moda perdido em labirintos de pessimismo e, em consequência, ela mesma, vivendo e exaltando por toda a parte o Amor. Acrescente-se: arredia de sentimentalismos decadentes, antes abraçada a ansiedades de totalidade e plenitude”.

                      … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … …

 

            “Nas páginas de “Sol Nocturno”, o Amor e a Beleza, triunfando de tristezas e desenganos, vão esplêndidos e de braço dado em poemas que agrada ler e reler vezes seguidas.”

 

Guedes de Amorim

Século Ilustrado, 29 de Junho De 1963

 

 

“Sem ressonâncias metafísicas, mas com vivências profundas da mais tensa e ardente poesia, o livro de poemas de Soledade Summavielle, “Sol Nocturno”, é uma surpreendente afirmação, numa linha de dádiva que caracteriza os verdadeiros talentos. O amor, como o sentimento máximo de todos os sentimentos, é a pedra de toque de seus versos, acordando na autora tessituras vivas e convincentes, mesmo apaixonantes. Versos que são autênticos estados de alma, poemas que têm o toque das coisas que se escrevem com sinceridade, com verdade sentida.”

            “Soledade Summavielle afirma-se, com efeito, um poetisa integrada na melhor estirpe da poesia portuguesa, lírica, apaixonada, sem, todavia, se desinteressar pela realidade quotidiana, pela humanidade trivial”. “A beleza, a inspiração, a modernidade da obra poética de Soledade Summavielle patenteia-se, com efeito, em toda a sua pureza e justifica, amplamente, o entusiasmo com que recebemos o seu livro “Sol Nocturno.”

 

Augusto Fraga

Século, 8 de Julho de 1963

 

 

“Um livro de amor no estilo dos livros de amor que a musa feminina tem produzido entre nós desde que o parnasianismo deu voz à mulher portuguesa, ensinando-a a cantar com a sensibilidade brincada de uma Virgínia Vitorino ou a sensualidade torturada de Florbela Espanca ou de Natércia Freire – um livro de amor ao mesmo tempo sentido e trabalhado, eis o que se nos afigura este “Sol Nocturno”, de Soledade Summavielle. Maturidade na emoção e maturidade na expressão”.

            “… A sinceridade emocional é um dos elementos mais válidos do “Sol Nocturno.”

 

João Gaspar Simões

Diário de Notícias, 18 de Julho de 1963

 

 

“Entre os novos livros de poesia aparecidos nas últimas semanas ou meses, destacámos: “Sol Nocturno”, de Soledade Summavielle, onde não é difícil momentos verdadeiramente inspirados.” 

 

Jornal de Notícias, 24 de Julho de 1963

 

 

“Para obra de estreia, como parece que é, este livro de Soledade Summavielle tem inegável valor, que outras obras posteriores deverão confirmar.”

 

Diário de Notícias, 11 de Agosto de 1963

 

 

“Li com vivo prazer “Sol Nocturno”, encontrei momentos da mais pura e sincera expressão poética.”

 

António Gedião

 

 

“É preciso que se diga bem alto que “Sol Nocturno” é um belo livro. Gostei profundamente dos seus poemas criados com beleza e num jeito de sinceridade hoje bem raro. Muito belos os poemas “Aquela que regressou”, “Verde jardim da minha infância” e outros, da mais profunda expressão. É sem dúvida a voz da poesia.”

 

Rachel Bastos

 

 

“Tive muito prazer na leitura de “Sol Nocturno” que me proporcionou momentos de grande alegria espiritual. Confesso que foi para mim uma surpresa, embora tivesse reconhecido há muito a sua sensibilidade poética.

Mais do que sensibilidade tem ainda talento de escritora, isto é, sabe dar forma exacta e adequada ao que sente, pensa e intui. Alguns dos seus poemas são muito belos e tocaram-se profundamente. Eles revelam a profundidade e o peso metafísico do sentimento feminino na sua essência e na pureza, tocando a corrente misteriosa da vida, porventura com mais acuidade que nós, homens, o saberíamos fazer. Segui com crescente interesse o impulso da rapariga correndo para o ideal e para a beleza, reconhecendo a dupla face, negra e branca, da existência, sonhando sempre mais, perseguindo sempre a transcendência, chorando por vezes, mas dizendo finalmente a palavra maravilhosa de confiança:…

 

                                        “…mas algum coisa fica

                                         A fugir e a dizer,

                                         Que sim, que valeu a pena,

                                         Viver!..........

 

António Quadros

 

 

Em “Sol Nocturno” de Soledade Summavielle – sem perder a qualidade humana – há a força cósmica e divina que faz correr os rios, desabrochar as flores e unir os corpos e as almas. Na linha tradicional da grande Poesia Portuguesa, não é de ontem, nem de hoje, nem de amanhã, é a Poesia de sempre.

 

Domingos Monteiro

 

 

“Felicito-a pelos belos poemas de “Sol Nocturno” cheios de sensibilidade e de sentido poético.”

 

Fernanda de Castro

 

 

                                        “Mãos que afagavam quimeras,

                                         Olhos de ver a paisagem,

                                         Boca de fomes e sedes,

                                         Eram a minha bagagem.”

 

Síntese admirável de “Sol Nocturno” cujos poemas me deixaram surpreendido e encantado.”

 

Américo Durão

 

 

“Encantado com a emocionante leitura do belo cântico de amor que é “Sol Nocturno.”

 

José Osório de Oliveira

 

 

“Tenho lido e relido as poesias que constituem o “Sol Nocturno.”

Sem abuso da palavra poderá chamar-se poema a este livro. Nele se cantou de principio a fim, a odisseia do Amor. Cantou-se com voz própria e alma própria, em múltiplos e variados cantos ou, melhor dizendo, cânticos.

Se a poesia em si é mistério, a autora de “Sol Nocturno” condoí-se de quem a lê, não sobrecarregando, propositadamente, de nebulosidades. Respeita-o em sua aparente singeleza.

Não se despeça de ser clara. Bastar-lhe-ão, para ser moderna, as ousadias psíquicas e sentimentais.”

 

João de Araújo Correia

 

 

“Sol Nocturno encantou-me. Uma onda de frescura passou sob os meus olhos e deixou-me vibrando ao compasso das suas canções, que outro nome não consigo dar aos seus poemas. Como me encantou a sua pureza, a sua sinceridade, o seu timbre, a sabedoria discreta da sua arte de viver e amar cantado!

Pensei depois nos poetas galegos, em Rosália, nos cancioneiros portugueses, mas tudo, tudo me reconduz a si, que Florbela desejaria conhecer, que Mariana invejaria e que eu admiro e celebro. Há quanto tempo não lia poesia que tanto me alegrasse!”

 

Ana Harherly

 

 

“O seu primeiro livro agradou-me muito, porque a sua poesia é a coincidência de duas qualidades que não se juntam facilmente – o lirismo feminino e vigor do estilo. Nesta terra de poetas e poetisas, com frequência, tem de se devolver o lirismo pela debilidade da poesia ou a poesia pela ausência do lirismo. Associar ambos, conseguiu-o no seu “Sol Nocturno”, ou melhor pelo seu “Sol Nocturno”, já que ele representa, na minha opinião, a verdadeira energia dos seus poemas – o Amor.

Espero a publicação dum segundo livro para ter nova oportunidade de ler autêntica poesia – o que já começa a ser difícil.”

 

Afonso Botelho 

 

 

Críticas sobre o Livro - Sol Nocturno

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