Cantora, ceramista e poetisa, Soledade Summavielle é natural de Fafe, fez os seus estudos secundários no Porto, e foi aluna de canto na Academia Mozart dessa cidade. Durante o tempo em que frequentou aquela Academia de Música, tomou parte em todos os concertos e serões culturais ali realizados. 

 

     Cantou depois no Teatro-Cinema de Fafe, no Teatro S. João, do Porto, no Casino da Póvoa de Varzim, e no salão Nobre do Orfeão do Porto. O maestro Ruy Coelho, que a ouviu aí pela primeira vez, convidou-a a interpretar nas comemorações do 100.º aniversário da inauguração do Teatro Nacional de S. Carlos, em Lisboa, a primeira figura feminina da sua ópera "Crisfal", e a tomar parte num concerto de artistas líricos no mesmo Teatro. 

 

     Colaborou em diversos concertos do pianista-compositor Eurico Thomaz de Lima, em serões de Outono na ex-emissora Nacional, ao lado do pianista Serqueira Costa, e em recitais de música portuguesa na Rádio Difusão francesa em Paris. 

 

     Atraída ainda pelas artes plásticas, foi aluna do pintor Marques de Oliveira, tendo-se dedicado particularmente à cerâmica.

 

     Simultaneamente revelou-se como poetisa, iniciando a publicação de livros. 

     

     Tem poemas seus em diversas antologias, e colaboração dispersa por vários jornais e revistas, nomeadamente no Suplemento Literário do "Diário de Notícias" de que foi diretora a poetisa e escritora Natércia Freire.

 

    Dirigiu a Coleção de Poesia "Convergência" da Sociedade de Expansão Cultural (SEC) a convite do escritor Domingos Monteiro, sócio-gerente daquela editora.

 

     O Cenáculo Artístico e Literário "Tábua Rasa", distinguiu-a com um jantar de homenagem a que se associaram figuras altamente representativas das artes e das letras, em 21-01-1971.